PS: inexperiência justifica a pesada derrota em Braga?

Centremo-nos na capital do distrito de Braga , onde o PS sentiu muitas dificuldades, Miguel Corais teve uma campanha difícil — como aliás em quase todos os concelhos do distrito, porque o PS primou pelo zero na comparticipação financeira —mas está logre de ser o único e muito menos o principal responsável.

Hugo Pires desmente esta informação que recolhemos de um relatório nacional — a que tivemos acesso, afirmando que Braga até foi um dos concelhos mais beneficiados pelos apoios financeiros da direcção nacional do Partido.

Mas será que o desprezo da máquina nacional — que ninguém entendeu — justifica tudo? Também não, até porque a presença de António Costa não evitou derrotas em Vila Verde, Amares, Póvoa de Lanhoso ou Vizela.

O resultado está aí. Os números são como o algodão e não enganam.

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Há oito anos (em 2009), o PS obteve quase 44 mil votos para a Câmara Municipal de Braga, com Mesquita Machado. Quatro anos depois perdeu treze mil votos (com Vítor Sousa) e menos dois vereadores. Os alarmes deviam ter soado, mas Hugo Pires e companhia, incluindo Mesquita Machado e tantos outros, não perceberam ou não quiseram perceber. Agora, o PS perdeu mais cinco mil eleitores. Em oito anos, quase vinte mil bracarenses voltaram as costas aos socialistas.

Na Assembleia Municipal, o PS desceu de 28 mandatos, há oito anos, para metade. Também ninguém pareceu disposto a perceber o que se estava a passar. Ficaram anestesiados com a diminuição de lugares por causa das Uniões de Freguesias? Como é possível acontecer a gente tão sabedora e experiente.

No global dos mandatos nas Assembleias de Freguesias, o PS tinha 248 mandatos, em 2009, e quatro anos depois desce para os 177 mandatos. Como ainda ficou à frente da coligação PSD/CDS (com 136) parece que ninguém deu por ela da perda significativa. Como os Cidadãos independentes baixaram dos 78 mandatos para uns 30 mandatos e a CDU também perdia terreno, todo o universo socialista ficou sossegado. Mas não devia.

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A pergunta que agora deve ser feita por todos, especialmente no próximo dia 13, sexta-feira — que escolha, não? — é esta: e a culpa do fracasso é só do Miguel Corais? O PS tem de assumir um erro colectivo que se prolongou no tempo, com Mesquita Machado e seus sucessores na direcção da Comissão Política Concelhia.

Também ninguém percebeu, entre os militantes socialistas, que António Costa tenha ido a Vizela (onde o PS perdeu), a Amares (onde o PS perdeu), a Póvoa de Lanhoso (onde o PS perdeu), a Vila Verde (onde o PS perdeu) e não tenha reservado quinze minutos para vir dar um abraço de esperança a uma equipa jovem que fez o que pôde em dedicação e trabalho para minimizar as perdas anunciadas para a Capital do Minho.

Se comparamos a diminuição dos meios financeiros do PS (de 2013 para 2017) em progressão geométrica contrária com os recursos do PSD/CDS (no mesmo intervalo), Miguel Corais não tem razão nenhuma para se sentir envergonhado.

Teve a seu lado uma equipa muito jovem, em rodagem e sem experiência em campanhas eleitorais, com deficiências organizativas que se traduziram numa tardia apresentação do programa e dos dez compromissos eleitorais que continuam válidos como punhos.

Os socialistas perderam cinco mil votos, face a 2013, baixando para os 28 por cento e menos um vereador, enquanto o PSD reforçou a sua maioria com mais um vereador. Pode dizer-se — pelo que acima frisamos – que foi um vereador a mais que custou muito dinheiro a uma máquina que há 16 anos estava entrosada.

A CDU não correspondeu às expectativas esperadas, mas teve mais 700 votos que não permitiram eleger mais que um vereador. O BE foi buscar cinco mil votos que não serviram para nada e são menos que os conquistados pela CEM em 2013.

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FAUSTO FARINHA AGUENTA O BARCO

Quanto à Assembleia Municipal de Braga, além de ser a voz do bom senso e da calma, em momentos de desânimo, o prof. Fausto Farinha  (à direita na foto acima) liderou uma lista que apenas cedeu um lugar face aos deputados conquistados em 2013.

A CDU perdeu um eleito por ter menos mil votos agora e o BE manteve os dois eleitos há quatro anos pela CEM, apesar de perder uns 800 votos.

No que se refere ao panorama das freguesias, em que se fez uma renovação de metade dos cabeças de lista, o PS perdeu 38 mandatos, o PSD reforçou-se com mais 30 eleitos, enquanto a CDU perdeu cinco dos 21 representantes e o BE elegeu quatro membros nas Assembleias mais próximas dos cidadãos. O PS perde cinco mil votos aproximadamente, enquanto o PSD/CDS sobe quase três mil votos. A CDU perde oitocentos votos e os grupos de cidadãos baixam a votação em 800 eleitores a menos.

Os socialistas perderam cinco mil votos, face a 2013, baixando para os 28 por cento e menos um vereador, enquanto o PSD reforçou a sua maioria com mais um vereador.

O Concelho de Braga registou mais 3.300 eleitores mas votaram menos mil nas eleições de Domingo. Foi o concelho com menor participação de votantes (57,7%) contra Barcelos, com mais de 71% de idas às urnas. Longe estão os 43.800 votos obtidos pelo PS há oito anos e os 248 mandatos nas freguesia do concelho que baixaram para 177 em 2013.

Vamos ver os números, em cada freguesia, por ordem alfabética:

ADAÚFE: PSD REFORÇA

É territorialmente a maior freguesia de Braga e sempre foi governada pelo PS até 2013 mas agora viu reforçada a presença do PSD com mais quase mil votos. A mudança de cabeça de lista não trouxe benefícios e todos os restantes partidos perderam eleitores.

Na Assembleia de Freguesia, os socialistas perderam dois dos quatro mandatos que tinham enquanto a Coligação PSD/CDS somou mais dois aos cinco anteriores, com menos de cem votos a mais, porque o PS perdeu quase 300 sufrágios. Nesta freguesia a CDU também perdeu terreno numa eleição em que muitos 45% não foram às urnas.

ESPINHO MANTÉM-SE FIEL

Na freguesia do Santuário do Sameiro, o PS manteve a sua maioria absoluta (cinco eleitos) apesar da perda para o PSD/CDS, mas a CDU tem menos vinte votos, talvez os que, desta vez não foram votar. É um belo exemplo da sabedoria do povo: o PS vence para a Junta de Freguesia, como acontecera há quatro anos, com 345 votos mas perde mais para a Câmara Municipal, com apenas 286 votos.

ESPORÕES: TROCAS E BALDROCAS

Esporões teve sempre presidentes de Junta que trocaram as suas bandeiras pela que está içada na Praça do Município, ao longo de várias de

décadas, mais “militares” ou mais civis e isso traduziu-se na votação para a Assembleia de Freguesia.

Na votação para a Câmara Municipal, o PSD/CDS têm ganhos significativos mas as maiores perdas são do PS (com menos 231 votos). No entanto a derrocada maior aconteceu na votação para a Assembleia de Freguesia. O PS tinha sete mandatos e foi reduzido a um porque o cabeça de lista se mudou para o PSD/CDS a troco da construção de um pavilhão gimnodesportivo que lhes foi prometido por Ricardo Rio — conforme acusou o PS. O PS passou dos 754 para 138 votos por troca com o PSD que teve 749 votos contra 263 há quatro anos.

FIGUEIREDO: CÓPIA DE ESPORÕES

Por números de ordem diferente, aconteceu o mesmo na freguesia de Figueiredo, onde Vítor Sousa ganhara há quatro anos, para a Câmara Municipal de Braga. O PS perde quase metade dos seus votos que vão para o PSD/CDS. Na Assembleia de Freguesia, PSD/CDS e PS invertem as posições de forma espectacular. O PS tinha 66,7 e passa para 25,1% e o PSD/CDS tinha 24,7 e sobe para 66,6 %. É uma derrota estrondosa para os socialistas que, com sete eleitos, passam a ter dois, enquanto a Coligação passa de dois para sete eleitos. Quanto a votantes, apenas mais um que em 2013.

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GUALTAR MANTÉM-SE FIRME NO PS

A freguesia do Hospital e da Universidade do Minho mantém-se fiel ao PS, subindo a votação e por força do número de inscritos passa a ter sete eleitos na Assembleia de Freguesia, contra os seis do PSD/CDS, ao passo que a CDU e BE perdem votos face a 2013. Gualtar, por força do crescimento populacional passa a ter 13 elementos na Assembleia de Freguesia contra os 9 que tinha em 2013.

Na votação para a Câmara Municipal, na freguesia de Gualtar, o PSD/CDS sobe de 1.270 para 1.509 votos mas o PS resiste com 924 votos (contra 991 votos em 2013). A CDU também sobe ligeiramente mas o BE desce numa eleição em que a abstenção subiu 3,7 %.

LAMAS: A ILHA SOCIALISTA

É a mais pequena das freguesias que resistiu à reforma da agregação decretada a régua e esquadro pelo PSD, sabe-se lá bem por quê. Mas sabe-se que o PS continua com maioria absoluta apesar de ter perdido um mandato para o PSD/CDS. Com mais 62 votos, a Coligação Juntos por Braga teve direito a mais um mandato.

Na Votação para a Câmara , os 525 eleitores deram 317 votos a Ricardo Rio enquanto Miguel Corais recebe 164 sufrágios, menos sessenta que Vítor Sousa, há quatro anos. OBE teve 3 votos e a CDU baixou dos 23 para os 17 eleitores.

MIRE DE TIBÃES: CDU APAGA-SE

A CDU apagou-se à sombra do Mosteiro de Tibães perdendo o seu representante na Assembleia de Freguesia, por força da bipolarização entre as candidaturas do PS e da Coligação Juntos por Braga. Os 125 votos foram insuficientes numa freguesia em que 700 inscritos não foram votar. Por força disso, o PSD com mais 129 votos obtém mais dois mandatos enquanto o PS perde um mandato e quase 200 votos.

Para a Câmara Municipal, a votação em Miguel Corais supera o autarca Jorge Gomes, mas o PSD/CDS acrescenta 65 votos aos 780 obtidos em 2013.

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PADIM DA GRAÇA: 600 VOTOS E MAIS NADA

Ímpar: Padim da Graça deu a Fausto Farinha a vitória para a Assembleia municipal, com 457 voto s contra os 441 votos da candidata do PSD. Repetiu-se a vitória de 2013.

Singular. João Moreira deve ter sido o único autarca que manteve os números de votos — 600 — obtidos em 2013, mas com mais um mandato (seis). Por força da renhida batalha com o PSD, a CDU desaparece da Assembleia de Freguesia, por ter perdido uns 12 votos. O PSD, que não concorreu há quatro anos, obteve três mandatos (vindos dos independentes de 2013) com 313 votos.

Na votação para a Câmara municipal, o PSD não cresce muito (mais 22 votos), mas o PS desce de 469 para 396 votos.

PALMEIRA: POR UMA UNHA NEGRA…

Palmeira é uma freguesia curiosa para o PS: Miguel Corais obteve mais votos que Vítor Sousa há quatro anos (917 contra 888) mas a coligação reforça a sua presença com mais 211 votos para a Câmara Municipal. PS e PSD/CDS reforça a sua votação e em queda ficam CDU e BE numa das freguesias com maior abstenção no concelho de Braga.

Para a Assembleia de Freguesia, a candidatura de Bruno Pereira, pelo PS, obteve um resultado que lhe dá garantias de não desistir: ficou a 154 votos da vitória. A CDU é a grande derrotada que baixa dos 222 para os 152 votos e perde o seu eleito. Apesar de tudo, o PSD sai beneficiado, com maioria de cinco eleitos contra quatro do PS.

PEDRALVA: COLOSSO DA INVERSÃO

Pedralva constitui uma das maiores surpresas para os socialistas. Gerida por grandes autarcas como António Meira e Joaquim Vaz, ninguém esperava que Hilário Lopes perdesse a sua reeleição, a favor do PSD/CDS. Hilário perdeu 98 votos, suficientes par atribuir a vitória ao PSD/CDS que conseguiu mais 88 votos que há quatro anos. As posições inverteram-se, com cinco mandatos para o PSD e quatro para o PS, numa freguesia em que quase metade dos eleitores ficou em casa. Ninguém esperava, após a participada sessão de apresentação — no antepenúltimo dia de campanha? — que o colosso de Pedralva caísse na praça laranja. No boletim para a Câmara Municipal, o PS perde apenas 36 votos enquanto a Coligação Juntos por Braga se reforça-se com mais 24 votos.

PRISCOS “REJEITA” PSD/CDS

É uma das poucas e surpreendentes derrotas da coligação do PSD com o CDS em Braga: Priscos desfez-se da coligação e entregou o poder da sua Assembleia de Freguesia a um grupo de Independentes, discretamente apoiados pelo PS. O PSD/CDS perdeu quatro representantes e o MIAP alcançou cinco eleitos e a presidência da Junta de Freguesia. O PS não concorreu e tinha conseguido três eleitos em 2013.

Para a Câmara Municipal a alteração de votos não foi significativa, mas só o PSD/CDS reforçou a sua votação…

RUÍLHE: CDU RESISTE E PS COLAPSA

É notável a resistência da CDU em Ruílhe: 91 votos e um eleito, em 2017, como há quatro anos, para a Assembleia de Freguesia, perante a derrocada do PS menos 173 votos e menos três mandatos) e o reforço do PSD/CDS que duplica os mandatos (passa a ter seis).

Para a Câmara Municipal, destaca-se a subida da Coligação PSD/CDS com mais 120 votos face aos 124 perdidos pelo PS numa aldeia em que desceu o número de votantes.

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S. VICENTE: TUDO EM ABERTO

S. Vicente é uma das freguesias urbanas em que a maioria PSD/CDS perde votos face a 2013, mas mantém os seis eleitos na Assembleia de Freguesia, sem maioria, como até agora. Existe uma janela de oportunidade para uma “geringonça” se PS, CDU e BE se unirem e impedirem a aprovação do executivo, Plano e Orçamento, obrigando a eleições antecipadas. PS, BE e CDU somam sete eleitos e detêm a maioria. O PCP anunciou que acabaram as coligações com outros partidos, como fizeram há quatro anos, em S. Vicente e em Fraião, por exemplo. O PS foi quem mais subiu o que garante a António Silva a esperança de eleição daqui a quatro anos ou antes. A CDU também teve mais 46 votos mas o BE obtém apenas 407 votos.

S. VÍTOR: CAMPEÃ DA ABSTENÇÃO

Com mais de 25 mil inscritos — mais que os concelhos de Amares, Vieira do Minho, Póvoa de Lanhoso, Terras de Bouro, Vizela, Celorico de Basto, Cabeceiras de Basto, Esposende, entre outros — a maior freguesia do distrito de Braga (São Vítor) foi a campeã da abstenção. Apenas 45,8 % dos seus eleitores foram às urnas. Ou seja, os eleitos foram escolhidos por menos de metade dos residentes, o que emagrece a sua legitimidade. Seja como for, Ricardo Rio obteve um quinto dos votos e Migue Corais um décimo dos inscritos nesta freguesia. Comparativamente com 2013, Ricardo Rio tem mais 157 votos enquanto o candidato do PS perde 469 votos. Em perda esteve a CDU com menos 220 votos e o BE teve menos votos que a Cidadania em Movimento. Quanto à Assembleia de Freguesia, o PS perde um mandato para o PSD/CDS que passa a ficar com dez, enquanto a CDU mantém os dois eleitos e o BE um. Nesta votação, os socialistas perdem 700 eleitores, metade deles para os abstencionistas que aumentam quase quatro por cento nesta freguesia.

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SEQUEIRA… SEM ONDAS

Não fazer muitas ondas parece o lema dos eleitores em Sequeira, com pequeninas oscilações na votação para aCâmara Municipal, em que PSD/CDS e PS aguentaram os seus apaniguados, com poucos ganhos dos primeiros e perdas irrisórias dos segundos.

Estas falta de ondas manteve-se na votação para a Assembleia de Freguesia, com novo cabeça de lista do PS que manteve o PSD/CDS à distância de três mandatos, ao eleger seis membros do PS. O PSD/CDS teve apenas mais nove votos que há quatro anos e o PS perdeu alguns votos para a CDU que não chegou a ter direito a assento na Assembleia de Freguesia.

SOBREPOSTA: MAIS VOTOS E MAIS LARANJA

O PSD/CDS conquistam em Sobreposta uma das suas melhores percentagens (66,55) para a Câmara Municipal contra uma das mais baixas dos socialistas que se limitam a 20,1 por cento. É verdade que apenas perderam 46 votos face a 2013, mas a Coligação conquistou mais 156 votos face aos 401 sufrágios de 2013. A CDU sobe ligeiramente (nove votos).

Para a Assembleia de Freguesia, uma troca familiar ou dinástica dentro do PSD/CDS permitiu a vitória com seis mandatos para o esquadrão laranja enquanto o MIPS, consegue três mandatos e 271 votos. Nesta “guerra, a CDU perde 90 dos seus 122 votos obtidos em 2013 e o seu eleito, mesmo assim, a Assembleia de Freguesia de Sobreposta fica menos desequilibrada que há quatro anos.

TADIM: PSD SEDUZ NOVOS ELEITORES

A meia centena de eleitores novos de Tadim explica o diferencial entre PSD/CDS e PS na votação para a Câmara Municipal de Braga. Os socialistas perdem 27 votos mas a Coligação Juntos por Braga recebe mais 61 votos. A CDU cresce 18 votos numa freguesia com alta taxa de participação eleitoral (74,1%).

Na Assembleia de Freguesia, o PS aumenta dez votos aos seu pecúlio (383 em 2013) e o PSD acrescenta 62 votos mas obtém mais dois mandatos por força do aumento de sete para nove membros, uma vez que Tadim ultrapassou a fasquia dos mil eleitores. Nesta votação, a CDU é a única que perde votos (desce de 49 para 32).

TEBOSA: SÓ 200 FICARAM EM CASA

Dos 949 inscritos, só 199 ficaram em casa no passado Domingo, na freguesia de Tebosa, a qual voltou a confirmar a vitória do PSD para a Câmara Municipal de Braga, com 460 votos.

O grande perdedor neste dia foi a candidatura do PS para a Assembleia de Freguesia, uma vez que o cabeça de lista de 2013 se passou para o PSD/CDS. O PS tentou evitar males maiores, com o antigo presidente, Francisco Cruz, mas não deu certo. O PS perdeu três mandatos e o independente (ex-PS) manteve a presidência e cincos mandatos.

U. F. ARENTIM E CUNHA: PS RESISTE

Nesta União de Freguesias, o povo não se fez rogado e respondeu ao apel9 9o das duas grandes listas, apresentadas pelos independentes (pró PSD ) e dos socialistas. A distância entre uma e outra não foi grande e traduziu-se em quatro mandatos para os socialistas e cinco para a LIPAC.

A mesma percentagem se verificou na votação para a Câmara Municipal com o devsio de meia centena de votos do PS para o PSD/CDS.

U. F. CABREIROS E S. JULIÃO PASSOS RECONHECE TRABALHO

A União de Freguesias de Cabreiros e S. Julião de Passos testemunha o trabalho dos candidatos do PS em prol da lista para a Assembleia de Freguesia e para a Câmara Municipal. É um dos melhores resultados para Miguel Corais (628 votos contra 673 para Ricardo Rio). O PSD/CDS perdem oito sufrágios numa eleição com menos 34 votantes.

José Silva pode dar-se por feliz om o resultado do seu trabalho em prol da sua lista e em favor de Miguel Corais e de Fausto Farinha. O professor fica a apenas a seis votos da candidata laranja para a Assembleia municipal.

Nas contas para a Assembleia de Freguesia, o PSD e CDS são quem perdem mais votos e a CDU sobre de 37 para 53 sufrágios. Feitas as contas, o PS mantém seis eleitos contra tr~es da Coligação Juntos por Braga.

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CELEIRÓS, AVELEDA E VIMEIRO: A CONSOLAÇÃO DO PS

Face ás perdas de Domingo, a “conquista” da UF de Celeirós, Aveleda e Vimeiro, por Manuel Gastão, para o PS, constitui a grande consolação para Artur Feio e seus camaradas de campanha. O anterior presidente não resistiu à sedução a que foram sujeitos outros autarcas socialistas, como em esporões ou Morreira, a troco de uns pavilhões ou piscinas.

Na votação para a Câmara Municipal, o PSD/CDS teve uma subida considerável de 350 votos, à custa do PS e da CDU.

Mas aqui se vê como o povo é sábio: na eleição para Assembleia de Freguesia, o PS obtém a maioria absoluta, com 1837 votos contra 1515 sufrágios para o pSD/CDS. A CDU viu-se arredada da Assembleia Municipal perdendo o seu eleito uma vez que baixou dos 327 para os 183 votos (grande parte deles para o BE). Mesmo assim, o PSD/CDS dá -se por satisfeito porque tinha quatro mandatos em 2013 e agora tem seis.

CRESPOS E POUSADA: OÁSIS DA CDU

Nesta União de Freguesias, junto ao rio Cávado, a CDU obtém uma das suas melhores votações, passando dos 19 para 43 votos, mais que duplicando os sufrágios. É curioso verificar uma raridade: o PSD/CDS baixaram a votação (de 625 para 564) numa união em que mais uma centena de pessoas decidiu ficar em casa nestas eleições. Ou não? Pois não, porque estas duas freguesias perderam quase 120 eleitores.

Quanto à Assembleia de Freguesia, os dois maiores partidos (PSD/CDS e PS) perderam votos mas mantiveram o mesmo número de eleitos, seis para a Coligação e três para os Socialistas que, há oito anos governavam estas duas aldeias.

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UF ESCUDEIROS E PENSO: PSD REFORÇA-SE

Apesar do notório esforço da candidatura socialista, cuja apresentação contou com a única presença de Mesquita Machado, o pSD reforçou a sua votação para a Assembleia de Freguesia desta tripla freguesia de Escudeiros e Penso (S. Vicente e S. Estêvão). Os socialistas perdeream 161 votos e um mandato enquanto a coligação PSD/CDS obteve mais 80 sufrágios e passa a ter seis elementos. A CDU foi a força que duplicou os seus 20 votos mas não foram suficientes para eleger um representante numa União em que a abstenção cresceu mais de dois por cento.

Para a Câmara Municipal, Miguel Corais não se pode queixar muito embora veja alguns votos fugir para o BE e a coligação voltou a vencer com mais 19 votos que em 2013.

ESTE: MENOS VOTANTES E MAIS CDU

As duas freguesias de Este (S. Mamede e S. Pedro) contribuíram para o aumento da abstenção nesta eleição, factor significativo quanto aumentou em uma centena o número de inscritos.

Para a Câmara Municipal, a Coligação Juntos por Braga teve mais de cem votos face a 2013, a CDU também cresceu (novo sufrágios), mas o PS perde 150 votos.

Quanto à Assembleia de Freguesia, o PS aguenta a sua votação na casa dos 900 votos e o meso acontece com PSD/CDS que não conseguem descolar e perdem quatro votos. A CDU cresce oito votos. A distribuição de lugares manteve-se (5 para PSD/CDS e quatro para o PS).

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FERREIROS E GONDIZALVES: POVO SABEDOR

Ferreiros e Gondizalves é uma das Uniões em que o povo se mostra sabedor. Para a Câmara Municipal, os eleitores reforçam em 240 votos Ricardo Rio, enquanto o pS perde aqui 140 eleitores. Para a Assembleia de Freguesia, João Costa assume-se como o “presidente”, com 2.247 votos contra os 1.728 do candidato da Direita numa freguesia onde aumenta a abstenção. Por força da bipolarização, a CDU perde o seu representante na Assembleia de Freguesia e quase metade dos votos. Desta quebra beneficia o PSD que elege mais dois membros, um à custa do PS e outro perdido pela CDU.

GUIZANDE E OLIVEIRA: ABSTENÇÃO DERROTADA

Nesta União de Freguesias, apenas a CDU e a Coligação Juntos por Braga sobem a votação face a 2013, mesmo com menos votantes, mas com uma das taxas menores de abstenção, uma vez que 81,4 % dos 895 inscritos foram às urnas. Exemplar para todo o concelho e para o país.

A Coligação reforça a votação para a Câmara Municipal mas cede terreno na Assembleia de Freguesia, sem diminuir o número de mandatos (quatro) que possuía. A estreia dos socialistas acabou por reforçar em três votos o score de há quatro anos mas não alterou o número (três) de eleitos. A CDU tem aqui uma bela ascensão passando de 12 para 42 votos.

LOMAR E ARCOS: CDU FIEL DA BALANÇA OU DA GERINGONÇA?

Nesta União de Freguesias de Lomar e S. Paio d’Arcos, Ricardo Rio dá mais 298 votos de avanço face a 2013, enquanto o PS perde quase uma centena e a CDU se aguenta e o BE sobe ligeiramente. A votação para a Assembleia municipal foi simpática para PS e para a CDU, com o PSD/CDS a perderem quase 200 votos, mas na eleição da Assembleia de Freguesia, o elenco de Manuel Dias não deu hipótese e conquistam mais votos (83). Titânica foi a luta dos socialistas que estiveram próximos da vitórias com 1436 votos — menos 109 que o PSD/CDS — numa batalha em que a CDU saiu a perder 122 eleitores. Na distribuição de lugares pode haver uma geringonça com seis mandatos para PSD/CDS, seis mandatos para o PS e um para a CDU que se mantém como fiel da balança ou bloqueio do funcionamento da Junta de Freguesia.

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MAXIMINOS, SÉ E CIVIDADE: CHOURIÇADA OU BLOQUEIO?

Semelhante movimento de votos se verificou nesta União de Freguesias do coração de Braga, a a maioria PSD/CDS a subir ligeiramente enquanto a queda do PS em quase 400 votos, sendo uma das maiores em todo o concelho. A CDU resiste na votação para a Câmara Municipal, com mais 57 votos que os 877 obtidos em 2013 enquanto o BE não consegue segurar os 522 votos da CEM e desce 66 votos face ao resultado de há quatro anos.

Na Assembleia de Freguesia, a UF de Maximinos, Sé e Cividade conta com um elemento novo, a lista independente de Seco Magalhães, com uma campanha divertida que lhe vale quase dois mil votos, elegendo menos um membro que a lista PSD/CDS encabeçada por um ex-socialista, com cinco eleitos. Os socialistas foram os grandes perdedores, uma vez que, além de perderem a presidência d aúnica freguesia urbana, descem dos 2.399 para os 1 472 votos e elegem apenas três elementos, contra cinco há quatro anos. A entrada de Seco Magalhães também prejudicou a CDU que perdeu quase 400 votos e um dos dois eleitos que possuía. A nova maioria vai encontrar dificuldades para formar o executivo, uma vez que os independentes e o PS possuem maioria de bloqueio, a não ser que haja negociações de Luís Pedroso para formar uma equipa de gestão.

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MERELIM S. PAIO, PANOIAS E PARADA DE TIBÃES: O REDUTO DA CDU

A tripla de S. Paio de Merelim, Panóias e Parada de Tibães manteve-se fiel a Carmindo Soares, o único presidente de Junta da CDU eleito no concelho de Braga, apesar da aposta numa cara nova por parte do PS, com Catarina Ribeiro.

A equipa de Carmindo Soares reforçou-se com mais um eleito (cinco), à custa do PS que perde um dos três membros na Assembleia de Freguesia e 402 votos. O PSD/CDS manteve dois eleitos e subiu ligeiramente a votação para 586 sufrágios, numa União em que baixou o número de votantes face há quatro anos.

Para a Câmara Municipal, a queda do PS foi menor (menos 206 votos), enquanto a CDU sobe e a maioria Juntos Por Braga tem mais 119 votos que os 1064 obtidos em 2013.

MERELIM S. PEDRO E FROSSOS: REGRESSO DA CDU

“Contaminada” pelo que se passa ao lado, a CDU regressou à Assembleia de Freguesia da União de S. Pedro de Merelim e Frossos, por causa dos 229 votos conseguidos (mais 61 votos que em 2013), à custa do PS que perde um dos quatro eleitos e desce 225 votos. O PSD/CDS apesar de terem menos votos que há quatro anos, conseguem manter os cinco eleitos e a maioria absoluta.

Na votação para a Câmara Municipal, O PSD/CDS sobem ligeiramente, o PS confirma a queda (menos 208 votos) e a CDU reforça-se com mais 39 eleitores.

MORREIRA E TRANDEIRAS: O COLAPSO SOCIALISTA

Nesta União de Freguesias de Morreira e Trandeiras, o PS foi o grande derrotado: perde um autarca, perde a Assembleia de Freguesia e muitos votos face às eleições de 2013. Foi o colapso toal.

Na votação para a Câmara Municipal tem uma queda de 16 por cento enquanto o pSD/CDS reforça a sua maioria. O PS nem se pode queixar da abstenção (70,4 % foram vota), ao descer de 555 votos e seis mandatos para 174 sufrágios e dois mandatos nas eleições de Domingo. A passagem de João Martins para a maioria Juntos por Braga confere-se 556 votos e sete mandatos, num total de nove. A CDU cresce de 24 para 31 votos.

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NOGUEIRA FRAIÃO E LAMAÇÃES: MUITA OBRA EM DOIS MESES

A União de Freguesias de Nogueira, Fraião e Lamaçães mereceu do PS uma aposta forte numa equipa renovada e inovadora, de gente nova com experientes socialistas. A irrequietude da equipa de Pinto de Matos não conseguiu passar a mensagem — apesar de ter hino e um programa exaustivo — aos quase 13 mil eleitores.

Mas uma coisa foi certa: os habitantes desta União nunca viram tanta obra em apenas dois meses e até os cães tiveram direito a uma prendinha.

Esta União foi uma das que registou maior abstenção no Concelho de Braga, com 59,1 % dde votantes. No boletim da Câmara Municipal, mais 600 habitantes reforçaram a lista de PSD/CDS, enquanto o PS perdeu 313 votos, muitos deles para a CDU que passa de 610 para 732 eleitores. O BE não segurou os 504 votos da CEM em 2013.

Na eleição para a Assembleia de Freguesia, o PS teve menos 197 votos e perdeu um eleito, ficando agora com quatro. O BE e a CDU mantiveram o seu eleito e esta coligação reforça a votação. O PSD/CDS conquista mais 415 sufrágios para o elenco de Goretti Machado e mais um eleito que lhe confere a maioria absoluta que não tinha.

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REAL, DUME E SEMELHE: FORTALEZA SOCIALISTA

A União de Freguesias de Real, Dume e Semelhe mantém-se como um dos baluartes mais poderosos do PS no concelho de Braga. É aqui que Miguel Corais obtém uma das melhores percentagens, com 33,2 % de votos, segurando a votação de 2013 as parece ser o PSD/CDS quem vai buscar os novos votantes, numa União com a mais elevada taxa de abstenção do concelho de Braga (56,3% de votantes) e mais 706 eleitores que há quatro anos.

A força do PS nota-se na Assembleia de Freguesia em que reforça a votação, como aconteceu também com PSD/CDS. A CDU segura os seus dois eleitos, contra 4 da Coligação Juntos Por Braga e sete dos socialistas.

S. LUCRÉCIA DE ALGERIZ E NAVARRA: PS DE RASTOS

O PSD/CDS é grande vencedora nesta União de Freguesias, para a Câmara Municipal —mais dez por cento — e sobretudo na Assembleia de Freguesia. O PS perde mais de cem votos para a Câmara Municipal e para a Assembleia de Freguesia, onde tinha maioria absoluta, desde dos 341 para os 109 sufrágio. A subida do PSD/CDS é de apenas 25 votos mas permite-lhe ter a maioria absoluta, enquanto uma lista independente elege dois mandatos, com 186 votos.

Corais Leonardo

S. LÁZARO E S. JOÃO DO SOUTO: ABSTENÇÃO MAIOR

A CDU foi a única força que aumentou a votação para a Câmara Municipal na União de Freguesias de S. Lázaro e S. João do Souto. Na Assembleia de Freguesia, repetiu-se a cena de Nogueira, Fraião e Lamaçaes: o PS apresentou uma equipa poderosa, fez uma campanha activa mas perdeu mais de 300 votos e desceu para quatro eleitos. Pode consolar-se porque o PSD  e CDS perderam 800 votos, mas mesmo assim, reforçaram a presença com sete eleitos, por causa da maior abstenção de todo o concelho: metade dos habitantes não foram votar. A CDU não conseguiu repetir a votação para a Câmara Municipal e perde quase 200 votos mas segura o seu eleito, tal como acontece com o BE que susbtituiu a CEM. É curioso verificar que esta União de Freguesias do centro urbano— talvez por causa de S. João do Souto em desertificação progressiva — perde quase 200 eleitores.

VILAÇA E FRADELOS: NÚMEROS CRUÉIS

A União de Freguesias de Vilaça e Fradelos mostra a crueldade dos números no seu esplendor. Há quatro anos, o PSD/CDS teve 530 votos e perdeu a Junta para o PS por vinte votos. Agora, o PS tem menos 19 votos e perde a Junta de Freguesia para a coligação Juntos Por Braga. Foi uma derrota difícil de digerir numa dupla de freguesias em que os eleitores acorreram em grande número às urnas (78,4%) para dar 679 votos ao PSD/CDS para a Câmara Municipal contra 344 votos para Miguel Corais.